Terceiro mundão, ói nóis aqui traveis!

Fazem 120 dias que saímos da América Latina e nesse tempo rodamos 24.177 Kms pelos Estados Unidos e Canadá, sendo:
19.313 Kms em 31 estados americanos (California, Arizona, Nevada, Oregon, Washington, North Dakota, Minnesota, Wisconsin, Illinois, indiana, Michigan, Vermont, New Hampshire, Massachusetts, Rhode Island, Connecticut, New York, New Jersey, Pennsylvania, Delaware, Maryland, DC, Virginia, North Carolina, South Carolina, Georgia, Florida, Alabama, Mississippi, Louisiana e Texas) e
4.684 Kms em 6 estados canadenses (British Columbia, Alberta, Saskatchewan, Manitoba, Ontario e Quebéc)

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Mapa do nosso "rolezinho" pelos EUA e Canadá.
Os pontinhos são os locais onde ficamos.
Esse vale ampliar p/ ver os detalhes.
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Nesses quase 4 meses, conhecemos, percebemos na prática, as diferenças de uma região para outra e nos acostumamos com as facilidades que estes países proporcionam: serviços que funcionam, segurança, comida boa e barata, acomodação, estradas, educação, etc, etc.
Os Estados Unidos é um país muito mais "aberto" do que imaginavamos (tem gente de todo mundo em todo o país, não só nas grandes cidades, e essa cultura internacional é difundida e assimilada. Claro que existem os babacas, os nacionalistas, os racistas, mas não é muito visível. Apesar da crise, sim estão em crise, e do enfraquecimento do "império", é impressionante o poder de consumo da classe média, que faz essa máquina andar.
O Canadá é menos consumista e um pouco mais pobre, também tem gente de todo mundo, especialmente orientais na parte oeste e um charme europeu na parte leste. O cuidado com o meio ambiente também é visível, não há lixo nas ruas e a água (rios, lagos e mar) é muito limpa. O duro é o frio!
Nos EUA, o maior poluidor do mundo, é impressionante a quantidade de carros circulando, TODOS os dias em TODAS as estradas. O barulho de carros é outra característica americana, em qualquer lugar do país, inclusive parques florestais distântes, o ruído é ininterrupto, 24Hs por dia.
A principal diferença que notamos é o valor dado às pessoas: o trabalho, a mão de obra, valem muito, já os produtos são baratos, já no Brasil e na américa latina, os salários são baixos e os produtos caríssimos.
Circulamos por todo tipo de ambiente: desde bairros chiquérrimos, lojas e restaurantes caros, até lugares boketas, outlets e restaurantes beeem simples. Vimos muita gente pobre, outsiders, mendigos opcionais e cortiços, mas não há favelas.
Por outro lado, tudo é super regulamentado, tudo "não pode", é um saco, mas talvez por isso as coisas funcionem tão bem.
A relação com as pessoas, apesar de interessadissímas na história da nossa viagem, é mais formal, especialmente com as crianças. Aquelas mamas latinas que nos tratam como filhos não existem por aqui.
Quando chegamos a diferença foi gritante e, com certeza será igual agora que estamos voltando pro nosso mundo.
Como já fui chamado de reaça e mal-informado e não vou ficar aqui "babando ovo" pra coisas que todo mundo sabe, inclusive por que nem tudo são flores, mas como agora estamos "mal acostumados", dá uma certa preguiça de enfrentar novamente os perrengues do caminho de volta (sujeira, corrupção, poluição) e um certo desgosto com o Brasil, que poderia ser muito muito melhor do que é.
Independente das diferenças, o Brasil é nossa casa e seria difícil, pra não dizer impossível, deixá-lo.
Como disse o poeta:
"Os Estados Unidos é legal pra carai, mas é uma merda.
Já o Brasil é uma merda, mas é legal pra caralho!"