Histórias de uma família viajando de carro pelas três américas
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27 de jun. de 2010

4 pessoas em 10m cúbicos, 24 Hs por dia

Depois de 6 meses de estrada estamos bem, conseguimos um "equilíbrio" que ainda nos dá prazer viajar, mas definitivamente a parte "flores" da viagem já ficou p/ trás. Pode parecer estranho, mas estamos cansados das adaptações e limitações que uma viagem tão longa nos impõe.
Já previamos perrengues, mas a longo prazo, administrar os desentendimentos, vontades, ciúmes, carências e o joguinho político irritam e vc se pega brigando por besterias...
Além disso, tem uma hora que vc se cansa de se adaptar a tudo... Tránsito, cultura, cama, comida, atendimento, moeda, lingua, higiêne, etc, etc...
Coisas que viamos como interessantes, hoje são um saco. Se um motorista parasse em plena estrada, no meio de uma curva, sem sinalizar, eu pensava: "Aqui é diferente, preciso me acostumar com essas coisas". Agora eu penso: "Tira essa M. do meio dessa porra de estrada seu F.d.P. Do C. !!!!
Estes sentimentos, que sempre estiveram por aí, começaram a emergir com a tempestade Ághata, que enfrentamos na Costa Rica, onde alguns dias de prisão e tédio nos fizeram pensar em voltar. A visita do compadre Cassio acalmou as coisas enquanto ficamos na Nicarágua, mas depois veio uma gripe generalizada que minou o que restava de entusiasmo. Eu me "isolando" (se é que isso é possível), a Paula "fazendo tudo", a Dora super carente e o Vicente, como sempre numa boa! Os relacionamentos foram se atritando até a explosão que, depois de muita briga (e choro), acertamos os ponteiros... Até a próxima... Isso foi em El Salvador, onde resolvemos dar um "trato" em nós mesmos e saimos do calor insuportável do litoral para cruzar toda a Guatemala pelo interior: montanhas, vulcões, cidades históricas, lagos e parques tudo numa temperatura agradável, boa comida e hotéis.
Com as baterias recarregadas fizemos duas "pernas" longas até Puerto Escondido no México e daqui vamos subir novamente a serra (para Oaxaca) p/ "resfriar" e sair um pouco do esquema surf/praia. Essa alternância entre praia e "outras coisas" foi uma maneira eficiente que encontramos para atingir o "equilíbrio" e diminuir a pressão da nossa dura rotininha de não fazer nada.

8 comentários:

  1. Muito bem meus amigos!!
    É assim que se faz!
    Com conversa e ações alternativas para combater o "stress".
    Acredito que cada vez mais encontrarão dificuldades e cada vez mais, encontrarão novas maneiras de superá-las, mas o que interessa é que "acharam o caminho das pedras", a maneira de superar os obstáculos que estão no caminho.
    Vamos que vamos! Lembrem-se que estão apenas na metade do caminho de uma viagem longa, porém marcante não só do ponto de vista de paisagens e lugares bonitos, mas também como experiência de vida para você, para Paula e principalmente para a Dora, até para o Vicente, apesar de pequeno.
    Nunca mais estas experiências sairão da memória de vocês.
    Vale a pena!
    Continuem, pois o que estão fazendo é para todo o sempre....

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  2. Concordo.
    Tem hora que dá vontade de sumir, mas o que estamos nos aproximando e conhecendo de nós mesmos é muito e vai ficar.
    Sem dúvida Johnny, vale MMMUUUIIITTTOOO a pena!
    abração, saudades. Cassio

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  3. Admiro e amo muito essa família!
    Bjs. Cássio, o cumpadre;

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  4. Cara, que aventura, emocional, lugares, pessoas, e coisas que só vocês sabem. Admiro a coragem de vocês de enfretarem tudo isso. Nós aqui só torcemos pela felicidade de vocês. Arriba amigos, besos.

    Reynolds Stefanis

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  5. Sabe que às vezes lembro de vocês e fico me perguntando: Será que viajar sem parar, estar de férias por tanto tempo e não ter "nada" pra fazer não cansa??? Taí a resposta! Também não é fácil viver viajando.....e nem de férias eternamente....mas achei bom o caminho do diálogo & "alternância praia-montanha", isso vai ser ótimo!! Curtam o México, eu vivi por ai na minha infância e ameeeei!! bjokas pra toda família :-)

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  6. Gracias amigos! Cumpadi, Reynolds e Claudia
    Tamo aí mandando bala, comendo taco e tomando cerveja. Nóis sofri mas sidiverti!
    Que dizê que vc Claudia, é 1/2 mexicanita!

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  7. Cassio,

    um velho ditado já dizia que "rapadura é doce mas não é mole não". Felizmente vocês estão sabendo "subir a serra" para re-energizar na hora do aperto. Melhor não decidir nada em momento de desespero, depois o bode passa e então não tem mais volta.

    Força nas perucas família Leitão! a aventura de vocês está uma delícia de acompanhar daqui!!!!

    Besos,

    Cláudia

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  8. ziguezagueando a gente chega lá!
    é muito bom ler os comentários para não nos sentirmos sós. Bjs Claudia de todos daqui.

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